No protocolo do pedido de impeachment do governador por crime de responsabilidade, o deputado estadual Luiz Claudio Marcolino, secretário-geral do PT/SP, destaca que Tarcísio fez campanha para prefeitos, no interior, durante horário do expediente
O deputado estadual Luiz Claudio Marcolino (PT/SP) ressaltou durante o protocolo do pedido de impeachment do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), nesta quarta-feira (30/10), na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), que o governador fez uso da máquina pública para participar presencialmente de campanhas de candidatos a prefeitos no interior de São Paulo, em horário de expediente.
O pedido de impeachment solicita apuração do crime de responsabilidade do governador por ter divulgado uma informação, sem provas, de que o PCC teria indicado voto no candidato Guilherme Boulos, caracterizando fake news.
Para os deputados estaduais das duas bancadas da oposição, o fato do governador ter anunciado em coletiva de imprensa, um ato público, ao lado do também candidato à reeleição Ricardo Nunes, que tinha se apropriado de uma informação e anunciado publicamente, mesmo sem provas, indica inequívoco potencial de interferência no processo eleitoral disputado entre Boulos e Nunes para a prefeitura de São Paulo, no qual foi eleito o atual prefeito. O governador teria cometido uma infração político-administrativa.
O pedido foi protocolado com a presença do deputado Marcolino, que é vice-líder da Bancada do PT/PCdoB/PV, do deputado Paulo Fiorilo, líder da bancada, dos deputados Enio Tatto e Rômulo Fernandes, da deputada Thainara Faria e do deputado Carlos Gianazzi, líder da Bancada do PSOL/Rede.
Para eles, “o Parlamento Paulista deve receber e adotar as medidas necessárias à instrução, elaboração de ampla defesa, e, finalmente, determinar a aplicação das penalidades preconizadas pela legislação em vigor, o que para nós, notadamente seria o impeachment do governador, dada a gravidade do ocorrido”, afirmaram.
O deputado Marcolino considera inaceitável a conduta do governador Tarcísio no processo eleitoral. “Durante todo período eleitoral ele usou da máquina pública, fazendo campanhas dentro do horário de expediente em muitas cidades do estado de São Paulo. Inclusive houve a liberação de recursos para favorecer as prefeituras que tinham candidatos aliados”, disse.