DEPUTADO APOIA MST PARA CONVERTER CRIME AMBIENTAL EM REFORMA AGRÁRIA

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Foto: MST

Nota do mandato do deputado Luiz Claudio Marcolino – Coordenador da Frente Parlamentar pelo Desenvolvimento e Proteção à Pesca Artesanal em apoio e solidariedade ao MST

Todo apoio e solidariedade ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) que fez uma ocupação na Usina São José, em Rio das Pedras, na região de Piracicaba, que evidencia um problema social e ambiental crítico pois, trata-se de um ato de denúncia contra o modelo de desenvolvimento predatório que concentra terras, contamina rios, impede a produção de alimentos saudáveis e destrói os modos de vida tradicionais no estado de São Paulo e no país.

Essa usina foi responsável, no ano passado, pela mortandade de cerca de 250 mil peixes no rio Piracicaba, o maior desastre ambiental já registrado naquela bacia. O crime ambiental cometido pelo Grupo Faria, com o descarte criminoso de resíduos orgânicos, prejudicou profundamente a atividade de pescadores e pescadoras artesanais, que até hoje enfrentam enormes dificuldades para retomar seu trabalho e sustentar suas famílias. A estimativa de recuperação do rio, segundo especialistas, é de cinco a dez anos.

Como coordenador da Frente Parlamentar pelo Desenvolvimento e Proteção da Pesca Artesanal e da Aquicultura no Estado de São Paulo, tenho recebido diversas denúncias de pescadores de diferentes regiões sobre o abandono das águas paulistas, a proliferação de macrófitas nos reservatórios, as recorrentes mortandades de peixes e a falta de saneamento básico em dezenas de municípios. Infelizmente, até o momento, nenhuma ação concreta foi apresentada pelo Governo do Estado para enfrentar esses problemas.

Nesse sentido, a ação do MST é um alerta à toda a sociedade e às instituições: é urgente adotar medidas efetivas pela reforma agrária popular, pela preservação dos nossos ecossistemas aquáticos e pela defesa das comunidades que vivem da pesca, da agricultura familiar e do extrativismo sustentável.

Lamentavelmente, a resposta do governo Tarcísio foi, mais uma vez, a repressão da Polícia Militar, atitude que deve ser repudiada por todos e todas que acreditam na democracia e na Constituição, que assegura a função social da terra e o direito de uso dos rios e mares como geração de trabalho com práticas de manejo mais sustentáveis.

Reafirmo aqui toda minha solidariedade ao MST e a todos os movimentos que lutam por terra, água, dignidade e soberania alimentar. Seguiremos ao lado de quem constrói a luta por justiça social e não aceitaremos que calem as vozes que defendem todas as formas de vida!

Foto: MST

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