Solenidade realizada pelo deputado estadual Luiz Claudio Marcolino reuniu mais de 180 sindicalistas na Assembleia Legislativa
O Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público da Saúde do Estado de São Paulo (SindSaúde-SP) realizou o ato de posse dos 186 Delegados e Delegadas da instituição das regiões da Capital e Baixada Santista, recepcionados pelo deputado estadual Luiz Claudio Marcolino (PT/SP), na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp). O evento foi marcado pelo reconhecimento da organização e do trabalho dos sindicalistas na luta pelos direitos dos servidores e na defesa do Sistema Único de Saúde (SUS). No ato também foi anunciada a realização de uma assembleia no dia 24 de junho que pode dar início a greve da categoria por reajuste salarial e outras reivindicações já apresentadas ao governo.
Para o deputado Marcolino, o SindSaúde-SP é um exemplo e uma referência dentro da Central Única dos Trabalhadores (CUT) para todas as classes. “A importância da luta e a organização dela começa no local de trabalho. São vocês, delegados e delegadas que estão junto dos trabalhadores e das trabalhadoras, vocês são os olhos do sindicato no dia a dia. São poucas as categorias que têm essa condição de fazer essa defesa dos servidores tão representativa e com tanto orgulho”, afirmou.
Parceiro do SindSaúde-SP nessas lutas, o deputado Marcolino ressaltou a defesa dos sindicalistas na defesa do Sistema Único de Saúde (SUS) e contra as privatizações e terceirizações que precarizam condições de trabalho e o atendimento à população. “O governador Tarcísio está promovendo a entrega das unidades de saúde para a iniciativa privada e essa união da base e da diretoria do sindicato é o que fortalece os trabalhadores e que são conscientizados dos prejuízos que a terceirização causa a eles. Também para conscientizar a população sobre quem são os responsáveis pelos problemas da saúde no estado”, disse.
O secretário de Administração e Finanças da CUT-SP, Douglas Izzo, ressaltou que além de lutar contra a privatização da saúde, é preciso unir os trabalhadores na luta contra as demais privatizações que o governo está fazendo na CPTM, Metrô, Sabesp e agora escolas. “Sugeri ao companheiro Marcolino a realização de uma audiência pública, o Dia Estadual contra a Privatização. O governo do Estado virou um gerente de negócios. No mundo todo serviços essenciais estão voltando à gestão estatal, porque a lógica das empresas é o lucro e isso é incompatível com o atendimento à população. Em São Paulo continua o retrocesso do que foi feito há anos no exterior e é comprovado que não funciona”, comentou.
DEFESA DO SUS
Presentes à mesa que coordenou o ato de posse, a secretária-geral do sindicato, Janaína Luna Santos e a vice-presidente da entidade, Valéria Monteiro, fizeram a defesa do SUS. “Esse governador veio para eliminar o SUS de São Paulo, esse SUS que o nosso sindicato ajudou a construir e a fortalecer. E o nosso papel é resistir”, disse Janaina.
Para Valéria, todos os delegados, delegadas e a diretoria estão juntos no mesmo objetivo: “unir forças para lutar, alcançar mais direitos trabalhistas e defender o SUS”, comentou.
O presidente do SindSaúde-SP, Gervásio Foganholi, fezx um histórico dos 35 anos do sindicato que sempre buscou parar as tentativas dos governos de retirar direitos dos servidores. Ele agradeceu o apoio do deputado Marcolino, que sempre atua em defesa da saúde pública e dos trabalhadores e sempre abraçou as pautas dos servidores da saúde.
Ele também parabenizou os delegados e as delegadas e ressaltou a importância dessa dedicação no projeto de organização e mobilização sindical para combater a retirada de direitos, a privatização, apurar e apoiar os servidores nas denúncias de assédios, perseguição e discriminação. “Vocês são o elo entre a gestão da unidade e a direção do sindicato. Nós queremos o SUS plenamente estatal, queremos mais servidores concursados porque sabemos que as terceirizações não resolvem o problema da saúde”, disse.
Gervásio destacou ainda que é necessário fortalecer ainda mais a luta dos servidores porque essa resistência ocorre diante de um governo intransigente e que não quer discutir as perdas históricas dos salários da categoria. “O tíquete refeição a R$ 12,00 por dia de trabalho é uma afronta. Precisamos discutir o Iamspe, a atualização do e-social, o bônus que o governo queria deixar mais uma vez os servidores da saúde de fora. Há muito trabalho e contamos com os delegados de base para participar da assembleia no dia 24 de junho, para defender os direitos e resistir até conquistarmos as melhorias que precisamos ”, afirmou. O SindSaúde-SP está promovendo a posse dos delegados e das delegadas em todo o estado para a gestão 2025-2027, neste mês.
