Foto: Julia Gimenez/MST
Na última terça-feira (29), devido à pressão de movimentos sociais e sindicais, além da articulação do Partido dos Trabalhadores, a votação do PL 410/2021 foi mais uma vez adiada para mais análise e discussão.
O vice-presidente da CUT/SP, Luiz Claudio Marcolino, retoma o assunto para mostrar a insensibilidade do governo do Estado de São Paulo com o trabalhador rural e a Reforma Agrária. “Nós não temos uma Secretaria da Agricultura. A terra está vinculada à Secretaria da Justiça. É assim que João Doria encara esta área, como uma questão de justiça e não de desenvolvimento rural”, ressalta.
Para Marcolino, o adiamento da votação do projeto foi muito importante, pois sua aprovação destroi qualquer possibilidade de se fazer Reforma Agrária no estado. “É um debate inclusive inconstitucional, porque quem trata sobre o tema é o governo federal, são leis federais.”
Com esse projeto, Doria também extingue a Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo – “José Gomes da Silva” (ITESP), órgão responsável pelo planejamento e execução das políticas agrária e fundiária paulista, acabando com qualquer possibilidade de apoio técnico para assentados, por exemplo.
“Mais do que isso. Este projeto vai beneficiar a grilagem. Doria quer doar uma terra que é do estado, da população para grandes latifundiários. Vale lembrar, que é o agricultor familiar é quem coloca a comida na mesa dos paulistas”, completa.
Confira como foi a coluna São Paulo em Foco dessa semana!
A Coluna São Paulo em Foco, com comentários de Marcolino, é sempre às quartas-feiras, a partir das 17h15, na Rádio Brasil Atual 98,9FM – https://www.redebrasilatual.com.br/radio/
