Dois anos de Reforma da Previdência: não há o que comemorar

Em dois anos de vigência, completados no último dia 13, a Reforma da Previdência foi uma ilusão e mais uma grande mentira do governo Bolsonaro. Para governo, a aprovação das alterações nas aposentadorias e pensões foi uma vitória e ajudou a contribuir com o ajuste fiscal no país, reduzindo a estimativa dessa despesa no futuro. Mas a Reforma só aumentou as desigualdades.
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Imagem: Ato contra a Reforma da Previdência realizado em 2017 (Arquivo)

Em dois anos de vigência, completados no último dia 13, a Reforma da Previdência foi uma ilusão e mais uma grande mentira do governo Bolsonaro. Para governo, a aprovação das alterações nas aposentadorias e pensões foi uma vitória e ajudou a contribuir com o ajuste fiscal no país, reduzindo a estimativa dessa despesa no futuro. Mas a Reforma só aumentou as desigualdades.

Luiz Claudio Marcolino, em sua coluna São Paulo em Foco, na Rádio Brasil Atual, ressalta que dificilmente o trabalhador vai conseguir se aposentar. “Em um país com cerca de 15 milhões de desempregados, quando você perde o emprego, por exemplo, e tem muitos anos de trabalho, dificilmente você volta para o mercado de trabalho com carteira de trabalho assinada. O tempo todo, o governo Bolsonaro tem tentado aprovar, por medidas provisórias, um formato de mercado de trabalho, onde a contribuição para a Previdência Social seja bem menor do que é hoje para quem tá contratado pela CLT. É um movimento para destruir a nossa previdência.”

A pensão por morte é um exemplo deste desmonte. Antes desta data, esses benefícios eram concedidos aos dependentes com valor equivalente a 100%, ou seja, benefício integral.  – Agora, o valor recebido é em torno de 60%. Levantamento do portal UOL a partir de dados do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), revelou que o número de pensões previdenciárias disparou nos últimos três anos. De janeiro a setembro de 2021 foram concedidas 338 mil pensões para famílias de trabalhadores urbanos, 62% a mais do que no mesmo período de 2019 (209 mil).

De acordo com a matéria, não há detalhes sobre a causa da morte que levou à concessão da pensão, mas segundo especialistas ouvidos pela reportagem, parte do aumento pode ser atribuída a pedidos represados, mas que um crescimento deste porte se deve principalmente à covid, que já matou mais de 610 mil pessoas no Brasil (68% delas em 2021).

“Este é um efeito danoso das novas regras da Previdência. Além de você perder um ente querido, você ainda tem benefício menor em um momento em que o custo de vida está muito alto”, explica.

Confira comentário completo de Luiz Claudio Marcolino desta semana!

A Coluna São Paulo em Foco, com comentários de Marcolino, é sempre às quartas-feiras, a partir das 17h15, na Rádio Brasil Atual 98,9FM – https://www.redebrasilatual.com.br/radio/

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