Preocupado em investigar e propor medidas de ações e proteção aos consumidores e aos trabalhadores, diante de problemas com as operadoras de telefonia, o deputado estadual Luiz Claudio Marcolino (PT/SP) tem sabatinado todos os representantes das instituições e das empresas de telefone móvel, fixo, de internet e streaming que estão sendo convidadas a prestar esclarecimentos à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Telecomunicações.
Nessa semana, ele questionou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Telemarketing (Sintratel), Marco Aurélio de Oliveira, o diretor de Relações Institucionais da Tim, Cleber Afrânio, e a diretora de Atendimento aos Clientes da Tim, Claudia Dantas.
Agilidade no atendimento em caso de golpes, possível convênio com órgãos de segurança, área de cobertura nas áreas distantes da periferia e os cuidados da Tim para não deixar os clientes sem telefone durante os apagões que a concessionária Enel não tem conseguido resolver mais rapidamente após temporais, foram algumas preocupações do deputado Marcolino.
Ele também questionou o atendimento de call center e a importância das lojas físicas e credenciadas aptas a atender todas as demandas dos clientes,que muitas vezes vão a uma unidade e depois precisam ir a outra para solucionar um problema.
Segundo os representantes da Tim, a empresa tem 86 lojas próprias e 124 credenciadas no estado. São mais de 6 mil torres e uma ampla cobertura, mais de 80% que é o mínimo que a Anatel exige nos editais que autorizam as empresas a prestarem o serviço.
Para o presidente do Sintratel, Marco Aurélio, o deputado questionou sobre condições de trabalho e o atendimento de robôs. “As empresas têm call centers próprios e terceirizados e todas usam os robôs, mas é preciso adequar o atendimento para todos os tipos de consumidores, os que se adequam ao sistema digital e os que preferem falar ao telefone sejam bem atendidos e consigam resolver algum problema com as empresas”, afirmou o deputado Marcolino.
Segundo o presidente do Sintratel, os trabalhadores precisam ser melhor remunerados. “É o primeiro emprego de muitos jovens na periferia e o robô é uma ferramenta que reduz custo, mas que logo no início do atendimento precisa ter a opção de falar com o atendente. Isso iria gerar mais empregos no setor”, comentou Marco Aurélio.