CUT e a renovação das estratégias de luta do trabalhador

ano de ação, que no domingo (24), foi encerrada a 16ª Plenária Nacional da CUT - Organização e Unidade para Lutar, convocando as(os) mais de 950 delegadas(os) sindicais para o 14º Congresso Nacional da entidade, que acontecerá em outubro de 2023.
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Com informação Érica Aragão (CUT Brasil) e Vanessa Ramos (CUT-SP)

Imagem: CUT Brasil

Pensar o presente e o futuro, renovar as estratégias de luta da classe trabalhadora e reconstruir o Brasil. Foi com esse plano de ação, que no domingo (24), foi encerrada a 16ª Plenária Nacional da CUT – Organização e Unidade para Lutar, convocando as(os) mais de 950 delegadas(os) sindicais para o 14º Congresso Nacional da entidade, que acontecerá em outubro de 2023.

Em quatro dias de debates virtuais, delegadas(os), juntamente com observadores e convidadas(os), construíram coletivamente o futuro da CUT e da organização das(os) trabalhadoras(es). 

“As relações de trabalho já vinham em franca mudança com o avanço da tecnologia, mas a pandemia acelerou o processo. Repensar as ações de luta da CUT e dos sindicatos é fundamental, principalmente em um momento de tantos ataques à classe trabalhadora”, afirma o vice-presidente da CUT/São Paulo, Luiz Claudio Marcolino.

Marcolino ressalta que a Central Única dos Trabalhadores sempre estará vigilante na defesa dos direitos. “Não haverá descanso enquanto as(os) trabalhadoras(es) estiverem em perigo. Uma classe trabalhadora fortalecida reflete positivamente em toda sociedade”, completa.

Como foi o encerramento

O início do debate foi com homenagem ao educador Paulo Freire, que completaria 100 anos em 2021. Um vídeo com sua história foi apresentado com destaque para o verbo ‘esperançar’ e uma frase popular do patrono da educação – “É fundamental diminuir a distância entre o que se diz e o que se faz, de tal forma que, num dado momento, a tua fala seja a tua prática”.

Revoltas Negras, Exclusão racista, Racismo Recreativo e Necropolítica foram os temas de quatro vídeos curtos para  lembrar das questões centrais que fazem perdurar o longo processo de desigualdade entre brancos e negros e que resultam no genocídio de pessoas negras, no encarceramento em massa, na pobreza e na violência contra as mulheres negras.

Uma carta assinada por cinco confederações de trabalhadores dos serviços públicos, chamada de “Aliança das Três Esferas”, também foi lida durante o evento. No documento os trabalhadores afirmam: “somente juntos vamos derrotar a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) nº 32, da reforma da Administrativa do governo Bolsonaro”, que prevê o fim do serviço e dos servidores públicos.

Ex-presidente Lula

A abertura da 16ª edição da Plenária da CUT Brasil, realizada no dia 20, contou com a participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em ambiente virtual devido à pandemia do coronavírus.

Durante a sua participação, Lula enfatizou a revolução digital que vem ocorrendo em todo mundo e no Brasil está atrasada. “Essa indústria dos aplicativos está consumindo a energia da nossa juventude, oferecendo emprego [aos jovens] como se fossem micro ou médio empreendedores quando, na verdade, são pessoas que estão enfrentando um serviço que deveria ter Previdência social, segurança e direitos mínimos”.

Ao se referir às transformações no mundo do trabalho, Lula destacou que a nova classe trabalhadora está perto de uma relação de escravização. Além disso, reforçou que é o movimento sindical quem deve dar resposta ao conjunto de mudanças no país no pós-pandemia, especialmente depois dos desdobramentos do golpe contra a ex-presidenta Dilma Rousseff (PT), em 2016, acrescido das políticas promovidas por Michel Temer (MDB-SP) e Bolsonaro recentemente.  

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