Pedido o impeachment do secretário de Segurança Pública do Estado por deputados da oposição

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Violência extrema dos policiais militares motivaram deputados e deputadas do PT, PSOL e PCdoB a protocolarem na Alesp denúncia contra Guilherme Derrite

O crescimento da violência policial contra cidadãos, principalmente da periferia de São Paulo, com tiros pelas costas, jogar um rapaz da ponte, atirar e matar um estudante, matar uma criança e depois intimidar os parentes no velório e enterro, num total desrespeito ao papel importante de segurança que a população espera da Polícia Militar e a falta de ação para solucionar esses problemas, motivaram as bancadas do PT, PSOL e PCdoB a protocolarem na sexta-feira (06/12), o pedido de impeachment do secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite.

O documento com 19 páginas foi protocolado na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) por deputados e deputadas da oposição. De acordo com a liderança do PT, o objetivo é que o processo político-jurídico seja instaurado para que o secretário “seja julgado por crime de responsabilidade, ao relativizar e se omitir diante do abuso de autoridade e de execuções extrajudiciais praticadas por policiais militares”, informa a nota da bancada do PT na Alesp.

A sociedade exige uma resposta e necessita de uma mudança. “A Polícia Militar é uma corporação que merece respeito. Mas não podemos normalizar o crescimento dessa violência. O secretário Derrite, precisa ser afastado, já que o modelo que ele tem empregado não está adequado – não são casos isolados. Outro responsável é o governador Tarcísio, que não atendeu ao clamor da sociedade quando as primeiras mortes por abuso e extrema violência começaram a ocorrer, ainda no ano passado. É preciso uma mudança imediata e uma resposta adequada seria a saída do secretário. No entanto, como o governador insiste na sua permanência, os partidos de oposição estão no seu papel de buscar o impeachment dele”, comentou o deputado estadual Luiz Claudio Marcolino.  

Segundo o documento, de janeiro a novembro deste ano, 673 pessoas foram mortas por policiais militares no Estado, um aumento de 46% em relação às 460 mortes registradas ao longo dos 12 meses do ano anterior. Destas 673 mortes, 577 foram cometidas por policiais em serviço e 96 por policiais de folga, uma média de duas pessoas mortas por dia.

O líder da bancada da Federação PT/PCdoB/PV, deputado Paulo Fiorilo, presente no protocolo do documento, lembrou sobre a decisão de não usar as câmeras corporais que gravavam de forma ininterrupta e que essa política do governador Tarcísio agora traz consequências para toda a sociedade.

Com informações de Marisilda Silva/Liderança PT

Fotos de Raquel Dreguer e Lucas Martins

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