Por Rede Brasil Atual
Imagem: Marcolino com Cidálio Vieira, coordenador do CineB, em 12 de outubro, celebrando o Dia das Crianças, na Zona Sul de São Paulo

Com responsabilidade e respeitando os protocolos de combate à covid-19, o CineB Solar está voltando a promover o cinema brasileiro de qualidade. Na quinta-feira (11), às 18h, o projeto mantido pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo vai exibir Marighella. O aclamado filme do diretor Wagner Moura será apresentado aos moradores da Ocupação Carolina Maria de Jesus, no bairro Iguatemi, zona leste da cidade de São Paulo. O evento é uma parceria com o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST). Moura, que também é ator e produtor cultural, participará da exibição, assim como o pastor e ator Henrique Vieira. Com eles estarão o ex-deputado Luiz Claudio Marcolino (PT), idealizador do projeto CineB Solar e vice-presidente da CUT estadual, e o coordenador nacional do MTST, Guilherme Boulos.

Marighella marca a estreia de Wagner Moura na direção cinematográfica. O filme, baseado no livro Marighella: O guerrilheiro que incendiou o mundo, de Mário Magalhães, acompanha a história do escritor e político Carlos Marighella, um dos principais personagens da história política brasileira, líder da Ação Libertadora Nacional (ALN), movimento de resistência contra a ditadura civil-militar.

O cantor e ator Seu Jorge representa o personagem principal. O elenco conta ainda com Adriana Esteves, Bruno Gagliasso, Ana Paula Bouzas, Herson Capri, Humberto Carrão e Luiz Carlos Vasconcelos. Maria Marighella, neta do guerrilheiro, aparece durante o longa como sua avó, Elza.

A ocupação

A Ocupação Carolina Maria de Jesus nasceu em maio, em terreno ocupado por 600 famílias. Atualmente, mais de 2 mil núcleos familiares resistem no local, na luta por moradia digna. O nome da ocupação é uma homenagem à escritora mineira autora do livro Quarto de Despejo: Diário de uma Favelada (1960).

O coordenador do CineB Solar, Cidálio Vieira, lembra da parceria com o movimento. “Nestes 15 anos de projeto já exibimos vários filmes com o MTST. Inclusive fazendo a pré-estreia de Bacurau, que foi um sucesso. Que agora se repete com Marighella.”

O projeto

O CineB é um circuito itinerante de cinema realizado pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo e pela Brazucah Produções. Criado em 2007, já atingiu um público superior a 60 mil espectadores em cerca de 480 sessões gratuitas realizadas em comunidades e universidades de São Paulo.

A iniciativa busca democratizar o acesso do público e divulgar os filmes produzidos no Brasil. Já foram exibidos nas telas do CineB mais de 116 longas metragens e 73 curtas metragens, além da realização de pré-estreias exclusivas.

Protocolos de segurança

Após uma pausa de 18 meses devido às restrições impostas pela pandemia de covid-19, o projeto CineB Solar retomou gradualmente suas projeções presenciais e coletivas. A primeira ocorreu em 12 de outubro, celebrando o Dia das Crianças. Foi no campo de futebol do Jardim Icaraí, zona sul de São Paulo, com uma seleção de obras infanto-juvenis.

A equipe do CineB Solar informa que as sessões, durante esta retomada, seguem protocolos de segurança, como obrigatoriedade de utilização de máscara, distanciamento entre os assentos e álcool 70% para higienização das mãos. Toda a equipe de produção tem imunização completa e será testada para covid-19 antes das exibições.

Nesta terça-feira (9), às 18h, o vice-presidente da CUT-SP Luiz Claudio Marcolino é um dos convidado do programa Se é Público, É para Todos, realizado pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região, para debater o relatório final da CPI da Pandemia, a sanha privatista e os ataques aos direitos dos trabalhadores. Participam também do debate o Senador Humberto Costa (PT), e os dirigentes da entidade sindical Dionísio Reis e Antonio Netto.

O programa

Com estreia no dia 14 de setembro deste ano, o programa Se é Público, É para Todos nasceu com o objetivo de debater temas que envolvam os trabalhadores e discutir os permanentes ataques às empresas públicas, que ocorrem de forma sistemática desde 2016 e que foram agravados durante o governo Bolsonaro com a privatização dos Correios, Eletrobrás, BR Distribuidora e Liquigás, bem como a venda de parte dos bancos públicos: Caixa, Banco do Brasil, BNB, Basa.

A live de hoje tem transmissão nos canais do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região no Youtube e com retransmissão também pelo Facebook e pelo Youtube da TVT.