Audiência pública no Dia Mundial do Coração reuniu médicos, pacientes e sociedade civil para debater prevenção, diagnóstico e políticas públicas de combate às doenças cardíacas

O deputado estadual Luiz Cláudio Marcolino (PT-SP) anunciou que irá propor uma nova reunião com o secretário estadual de Saúde,  Eleuses Paiva, para garantir a aplicação do protocolo de atendimento para pacientes com cardiomiopatia hipertrófica no estado de São Paulo. A medida foi defendida durante audiência pública realizada nesta segunda-feira (29), no Dia Mundial do Coração, que reuniu médicos, especialistas, representantes da sociedade civil, pacientes e familiares no Auditório Teotônio Vilela, na Assembleia Legislativa.

Marcolino destacou que o tema já vem sendo tratado em debates anteriores e em encontros com o governo estadual, mas agora precisa avançar para a prática. “Fizemos uma audiência anterior, depois tivemos reunião com o secretário e criamos um grupo de trabalho. Agora é fundamental que esse protocolo seja efetivamente aplicado para salvar vidas”, afirmou. O parlamentar também lembrou a gravidade do problema: “Só no Brasil, são 1.100 mortes por dia por doenças do coração. Não podemos naturalizar esses números. Cada vida perdida representa uma família em luto. Nosso papel é transformar o debate em ação.”

Especialistas presentes chamaram a atenção para a importância do diagnóstico precoce. O cardiologista Dr. Renato Jorge Alves, assessor da Secretaria Estadual de Saúde, lembrou que a doença, embora silenciosa, tem alta incidência. “Temos cerca de 65 mil pessoas com cardiomiopatia hipertrófica em São Paulo. A forma obstrutiva, que é mais agressiva, atinge 25% desses casos. O diagnóstico precoce é fundamental para evitar a progressão. Muitas vezes, o simples exame físico feito em escolas já pode levantar suspeitas”, afirmou.

A médica doutora Caroline Mazeto, do Hospital das Clínicas de Botucatu, ressaltou que o impacto da doença vai além da questão clínica, atingindo também a vida social e econômica do paciente. A representante da Colabore com o Futuro, Juliana Crem, reforçou que exames simples e acessíveis como o eletrocardiograma podem detectar até 96% dos casos. “É um exame indolor que pode devolver ao paciente a chance de planejar seu futuro com qualidade de vida. Precisamos mostrar que há tratamento e devolver esperança a essas pessoas”, destacou.

Um dos grandes desafios apontados ao longo da audiência foi o alto custo dos exames e medicamentos, que muitas vezes inviabiliza o acesso. O deputado Marcolino enfatizou que o tratamento pode custar até R$ 11 mil, valor inalcançável para a maioria da população. “Estamos falando de salvar vidas. Já encaminhamos esse pedido para a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo e é importante que o governo acelere o processo para garantir diagnóstico e tratamento acessíveis”, disse o deputado.

A oncologista doutora Maria Inês Pordeus Gadelha, ex-coordenadora de Atenção Especializada do Ministério da Saúde, reforçou que a resposta está na organização sistêmica. “A resposta para esse problema é a protocolização. Precisamos de fluxos bem definidos, que considerem o aspecto clínico, econômico e organizacional. Só assim teremos resultados efetivos”, afirmou.

Pacientes e familiares também deram seus depoimentos, trazendo emoção ao debate. O fisioterapeuta João Avelino de Molina questionou sobre a possibilidade de avanços para garantir protocolos melhores no futuro, caso sua filha venha a desenvolver a doença. Já a advogada Lúcia Cristina parabenizou a iniciativa do parlamentar e reforçou a importância de olhar para a saúde do coração de forma integrada, considerando também seus impactos em outras áreas da saúde, como a endocrinologia.

Ao encerrar o encontro, Marcolino agradeceu a presença dos participantes e reforçou seu compromisso em dar continuidade ao diálogo com o governo estadual. “Quero agradecer a presença de todos e todas. Vamos retomar o diálogo com o secretário Eleuses Paiva para que o protocolo seja implementado. Essa é uma luta que pode salvar milhares de vidas”, concluiu.

A audiência, realizada no auditório Teotônio Vilela, reforçou o papel do Legislativo paulista em articular a sociedade civil, especialistas e o poder público em torno de políticas de saúde capazes de garantir prevenção, diagnóstico precoce e tratamento adequado para os pacientes cardíacos em São Paulo.

Segundo o parlamentar, o município pode deixar de receber até 17,4% da receita de ICMS e IPVA, o que representa R$ 23,7 milhões a menos nos cofres públicos. 🏭 O principal motivo é a concessão de benefícios fiscais ao setor industrial, especialmente à geração de energia elétrica. Isso reduz a capacidade da prefeitura de investir em infraestrutura e serviços públicos. 📊 Rosana tem orçamento de R$ 136 milhões e um PIB de R$ 1,93 bilhão — o 21º maior do estado de São Paulo entre 645 municípios. 📺 Assista ao vídeo e entenda por que a política fiscal do governo Tarcísio prejudica o desenvolvimento do interior paulista.

O parlamentar apresentou na audiência pública do Orçamento Estadual 2026, em Cândido Mota, informações sobre o impacto do tarifaço de 50% impostos aos produtos brasileiros pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump para o município. A cidade exportou para o país norte-americano itens plásticos, reatores, caldeiras e máquinas que somaram 5,1 milhões de dólares, em 2024, conforme dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. O total de produtos exportados pelo município foi de 137,3 milhões de dólares e incluem além dos que vão para o país norte-americano produtos como bebidas e de borracha. Também foi destaque o impacto da desoneração fiscal definida pelo governo estadual na arrecadação do município.

💰 Foi anunciado que 12 municípios receberão R$ 150 mil cada para investimentos em saúde: Santa Albertina, Santa Fé do Sul, Jales, Palmeira D’Oeste, Ilha Solteira, Santa Salete, Populina, Suzanápolis, Três Fronteiras, Paranapuã, Aspásia e Ouroeste. 🎤 Ao todo, 20 oradores apresentaram propostas sobre saúde, causa animal, infraestrutura, educação, agricultura familiar, lazer, pessoas idosas, pescadores artesanais e pessoas com TEA. 📊 Também destaquei que Santa Albertina recebeu R$ 17,38 milhões em recursos federais por meio de programas do governo Lula. Por outro lado, a cidade deve perder cerca de R$ 5,6 milhões em razão da renúncia fiscal do governo estadual. A questão que fica é: essa renúncia está de fato revertida em benefícios, como a geração de empregos, ou impactará diretamente as demandas locais? 👉 Um momento de diálogo essencial para compreender as necessidades da região e lutar por um futuro mais justo e equilibrado.