Movimento Salve a Boyes conta com apoio do deputado Marcolino em pedido ao Condephaat

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Recurso do projeto que prevê a construção de edifícios na área da antiga fábrica Boyes foi pautado sem que integrantes do movimento tivessem acesso às modificações do projeto

O deputado estadual Luiz Claudio Marcolino encaminhou ofício e um relatório produzido pelo Movimento Salve a Boyes ao presidente do Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat), Carlos Augusto Faggin, à vice-presidente Mariana Rolim e aos demais conselheiros, solicitando o adiamento da análise e deliberação do recurso apresentado pelos interessados no empreendimento que prevê a construção de edifícios na área da antiga fábrica Boyes, em Piracicaba.

O recurso está na pauta do Condephaat da próxima segunda-feira (04/11). Os integrantes do movimento, formado por arquitetos, urbanistas, artistas, jornalistas, professores, historiadores, produtores culturais, engenheiros, advogados e outros profissionais, pedem o adiamento para que seja dada a devida transparência e a participação cidadã no processo que prevê a construção de um condomínio residencial no local que é patrimônio histórico do município.

Há, inclusive, um pedido de tombamento já protocolado no Condephaat e outro no Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) de todo o complexo Beira Rio, no qual a antiga fábrica da Boyes está inserida. O deputado tem acompanhado de perto a luta do movimento pela preservação do espaço e já participou de reuniões em Piracicaba e no Condephaat, para defender esse patrimônio da cidade.

Para o movimento, é fundamental que as alterações apresentadas pelos empreendedores ao projeto – na tentativa de conseguir a aprovação – possam também ser avaliadas pelo Movimento Salve a Boyes, que já se colocou à disposição do conselho para uma oitiva, com a finalidade de apresentar as informações e detalhes do pedido de tombamento do complexo Beira Rio, como também apresentar os problemas que o condomínio pode causar em toda a área.

Deputado estadual Luiz Claudio Marcolino com integrantes do Movimento Salve a Boyes, em Piracicaba, em março deste ano

O deputado Marcolino entende como legítimo o pedido do movimento, porque é preciso que todas as informações e alterações desse projeto sejam disponibilizadas à sociedade, uma vez que a alteração proposta pelos empreendedores ao local vai gerar grande impacto em todo o complexo que conta com muitos pontos históricos e arqueológicos, como a Casa do Povoador, Palacete Luiz de Queiroz, o Engenho Central, Museu da Água e outros.

“O movimento tem o objetivo de garantir a manutenção da história e da cultura do lugar. É um espaço que pode ser adequado para usos coletivos para toda a população, como ocorre com o Engenho Central. Piracicaba tem uma cultura rica, dinâmica e repleta de atividades. A antiga fábrica da Boyes pode ser ocupado sem que ocorra a sua descaracterização, para projetos culturais, de tecnologia, educação e outros que beneficiem os cidadãos piracicabanos. Por isso reforço o pedido de adiamento do recurso”, afirmou o deputado Marcolino.

No ofício, além do pedido de adiamento da análise do recurso, o deputado Marcolino solicita a urgência na análise do processo de tombamento do complexo Beira Rio, pede a realização de uma oitiva para que os integrantes do movimento apresentem os pontos críticos do empreendimento do condomínio a ser construído em uma área que é patrimônio histórico do município e solicita a autorização de vistas de forma urgente do projeto, com as modificações apresentadas e que são o motivo da análise do recurso no dia 4 de novembro.

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