Categoria não teve acordo cumprido pelo governador Tarcísio e anuncia paralisação de 48 horas a partir de 1º de outubro
A partir das 7 horas do dia 1º de outubro os servidores estaduais da saúde estarão em greve por 48 horas. O deputado estadual Luiz Claudio Marcolino apoia a paralisação da categoria e participou na manhã desta quarta-feira (24/09) da reunião do Conselho Ampliado de Delegados Sindicais de Base do SindSaúde-SP e depois recebeu os sindicalistas na Assembleia Legislativa, após eles terem realizado uma passeata do Hospital do Servidor Público até a Alesp.
“O governo chamou o sindicato que estava em estado de greve. Propôs o prazo de 60 dias para atender as reivindicações e sabemos que há condições de cumprir o acordo que foi feito com o sindicato, em julho. O governador Tarcísio de Freitas poderia ter honrado o seu compromisso, nesse prazo de 60 dias”, relatou o deputado Marcolino.

A Bonificação por Resultados deveria ser paga no dia 5 de setembro, o reajuste do vale-refeição de R$ 12,00 era para ter sido feito no dia 17/9 e a categoria reivindica ainda o prêmio incentivo que deve ser pago até dezembro. “Mas se não acertou os outros dois, não há garantias de que irá cumprir esse direito também e a culpa é do governador”, afirmou o deputado.
De acordo com o deputado, o SindSaúde-SP atendeu ao chamado do governo e suspendeu a greve que deveria ocorrer em julho e aguardou que o acordo fosse cumprido. “A responsabilidade dessa greve de 48 horas é toda do governador Tarcísio que negociou, mas não pagou os direitos dos trabalhadores”, disse.
Durante reunião no dia 17 de julho, com o secretário Arthur Lima (Casa Civil), o secretário-executivo da Casa Civil, Fraide Sales, a sub-secretária da Secretaria de Gestão e Governo Digital Eva Lorena e representantes da Secretaria Estadual da Saúde, houve a efetivação de um acordo entre o governo e o SindSaúde-SP.
“Houve uma abertura de diálogo com o governo. Nós fomos chamados e cumprimos a nossa parte. A greve foi suspensa, mas mantivemos o estado de greve enquanto durou o período para que os pagamentos aos servidores fossem efetivados. Como os acordos não foram efetivados, agora é greve”, afirmou o presidente do SindSaúde-SP, Gervásio Foganholi.
“Saúde na rua, Tarcísio a culpa é sua” é uma das frases do movimento paredista. Ao ocuparem a plenária da Alesp, os servidores da saúde pediram apoio para que a gestão seja pressionada a garantir direitos, principalmente o reajuste vale-coxinha, ou nem para uma coxinha, como é chamado o vale-refeição recebido pelos servidores públicos estaduais.
Durante a passeata, os manifestantes criticavam o governador Tarcísio, que ao invés de se preocupar com os servidores e a população, preferiu dedicar-se a ir para Brasília, articular a anistia para golpistas.
O deputado Marcolino segue ao lado dos profissionais para a realização da greve e também para cobrar que o governo cumpra o acordo feito com os servidores.




